HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS

HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS
ROSMEIRE PAIXÃO é Homeopata Clássica Terapeuta CONAHOM 1274 email: rosmeire.homeopatias@gmail.com

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Em quais aspectos a Homeopatia pode contribuir com a medicina alopática?

A busca do paciente por uma Medicina que aborde e trate o indivíduo em sua totalidade (corpo, mente e espírito).


1- Em quais aspectos a Homeopatia pode contribuir com a Medicina Alopática?

Principalmente, em dois aspectos: na ampliação do entendimento do processo saúde-doença e da terapêutica. A Homeopatia não vê o ser humano apenas com um conjunto de órgãos dissociados. Com uma abordagem mais globalizante, nós consideramos os diversos aspectos da individualidade humana (psíquicos, emocionais, sócio-ambientais, climáticos, alimentares etc.) como parte constituinte ou desencadeadora dos distúrbios orgânicos. Isso acontece porque a interação entre esses diversos fatores interfere no adoecer e no estar saudável. A Homeopatia se propõe a atuar nessas diversas esferas de forma integrada, englobando as diversas suscetibilidades do indivíduo no diagnóstico do desequilíbrio vital e na escolha do medicamento homeopático.

2- Por este motivo é que o momento da consulta é tão importante?

Sim. A nossa dinâmica semiológico-terapêutica está diretamente relacionada à concepção holística do processo de adoecimento humano. Em vista de a Alopatia atuar segundo uma concepção estritamente fisiopatológica do processo saúde-doença, propondo-se a re-equilibrar as disfunções fisiológicas e neutralizar os sintomas incomodativos através do emprego concomitante de diversos medicamentos, ela precisa de um tempo menor de consulta para estabelecer o diagnóstico e a terapêutica. Vale ressaltar que esse objetivo de aliviar o sofrimento imediato é necessário e fundamental numa série de transtornos humanos. No entanto, a visão antropológica homeopática e sua correspondente concepção integrativa do processo saúde-doença, fundamental à compreensão e ao tratamento das enfermidades crônicas, mobiliza-nos a buscar entender durante a consulta os diversos aspectos idiossincráticos que predispõem ao adoecimento da pessoa, além dos desequilíbrios fisiopatológicos da doença. Assim sendo, necessitamos de um tempo maior de consulta para estabelecer o diagnóstico e a terapêutica homeopática, valorizando as diversas suscetibilidades de cada paciente e selecionando, através da lei dos semelhantes, um medicamento que possa atuar nesse conjunto de características ou sintomas (individualização do medicamento).

3- Existem medicamentos comuns para queixas comuns?

Não. Essa “alopatização” da Homeopatia, que despreza a individualização do medicamento para o conjunto de suscetibilidades de cada indivíduo, ministrando o mesmo medicamento para diversos indivíduos com a mesma doença, é a causa do insucesso terapêutico observado na prática clínica e nas pesquisas. Exemplificando numa doença bastante comum, apesar de a rinite alérgica ser uma síndrome composta pelo mesmo conjunto de sintomas (espirros, prurido, coriza e obstrução nasal), cada indivíduo doente apresenta a predominância de um ou outro grupo de sintomas, direcionando a prescrição homeopática individualizada para medicamentos diferentes. Além disso, como na maioria das doenças crônicas, aspectos psíquicos, emocionais, socioambientais, climáticos, alimentares etc. influenciam na manifestação da rinite, sendo fundamental que essas diversas suscetibilidades sejam diagnosticadas, valorizadas e tratadas, para que consigamos mudar o curso natural da doença, ideal de cura de todo homeopata. As dificuldades e limitações são grandes, porque você realmente precisa conhecer o indivíduo em sua totalidade característica e selecionar, dentre as diversas opções terapêuticas, aquele medicamento que tenha condições de despertar a reação vital curativa, tarefa árdua e muitas vezes demorada. Mas é nessa Homeopatia que eu acredito! Nessa Homeopatia que traz alívio contínuo e duradouro para quadros crônicos de longa duração, impressionando os colegas de profissão mais céticos.


4- A continuidade do tratamento é fundamental para o seu sucesso?

Perfeitamente. Após o início do tratamento, é preciso observar o comportamento dos pacientes continuamente. Na maioria das vezes, demoramos algum tempo para individualizar o medicamento correto, necessitando de avaliações e prescrições periódicas para atingirmos esse intento. É importante ressaltar que se o medicamento não for individualizado, ou seja, não apresentar semelhança com a totalidade de sintomas característicos do indivíduo, a melhora que pode ser observada é fruto do efeito placebo (em torno de 30%, segundo a literatura). O paciente pode ter melhoras, mas muito em função da sua expectativa numa promessa de melhora do que pelo remédio em si. Em vista desse tempo necessário para o ajuste do medicamento ideal, não podemos abrir mão dos remédios alopáticos. Seria uma irresponsabilidade e uma conduta antiética, por exemplo, suspender um medicamento hipotensor de uma pessoa que tem problemas de pressão alta até que tenhamos certeza da ação do medicamento homeopático escolhido, inclusive na normalização da pressão arterial.

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